Hoje passei na casinha onde morava A mulher que eu amava a minha felicidade Estava triste a casinha abandonada Em vez da mulher amada vi um rastro de saudade Quanta triste ao olhar nossa casinha Solitária a coitadinha desbotada tão sem cor Quem diria ao saber da vida minha Que ali naquela casinha morou meu primeiro amor Quem diria que toda tardinha ela Perfumada muito bela Me esperava sob a porta Quem diria que nós os dois nos casamos E depois nos separamos quem diria que ela é morta Por isto hoje olhei tanto onde morou Aquela que se casou comigo um certo dia Quanta lembrança a olhar mais de uma hora Aquela que hoje mora no céu de Virgem Maria As minhas lágrimas caíram tão cativa Ao lembrar quanto era viva Quem tão bem eu soube amar Senti um frio ouvi uma voz singela E duas palavras dela pediu pra mim não chorar Parece um sonho, mas garanto que vi ela Deixei a casinha aquela e sai andando ao léu Em minha frente sorrindo ela foi embora Dizendo meu bem não chora Que eu estou feliz no céu