A velha cordeona, num canto, calada,
sómente traz mágoas ao seu tocador,
ao lembrar da moça, prenda bonita,
que foi sem saber, seu unico amor.
Nos tempos de piá, nos bailes de rancho,
era ele o gaiteiro que sempre tocava,
e a moça, bonita como aurora nascendo,
num canto, parada, apenas olhava.
Os dedos bailando por sobre o teclado
qual potros alçados correndo no campo
sua alma, trapera de amor e carinhos,
guardava saudades por todos os cantos.
A prenda era rica e êle, um campeiro,
de seu o que tinha era apenas a gaita,
a velha cordeona que ela gostava
quando ele floreava, com ares de taita.
Mas hoje, solito, sem prenda e sem gaita,
no velho galpão que agora é seu lar
o velho gaiteiro refaz esperanças,
e sonha de novo, pra prenda tocar.
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