Quando um poeta sem musa busca a ramagem
Encontra logo a imagem do seu coração,
Mas se o tempo é seco só uma saudade resta.
E a rima empresta sua rima pra recordação
Êh! Saudade,
Me mande embora de quem perto estou!
Êh! Saudade,
Me mande embora de quem perto estou!
Quando a madrugada escuta as minhas passadas,
As coisas ficam tão distantes querendo passar!
É que chega assim, sem jeito e meio de repente,
Uma vontade de esquecer de te lembrar
Êh! Saudade,
Me mande embora de quem perto estou!
Êh! Saudade,
Me mande embora de quem perto estou!
Quando os sabiás acordam as manhãs cantando
Encontram o eco do orvalho na sua canção,
Mas seu canto vai dizer somente incerteza,
Se a saudade é tema triste daquela canção
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